https://drive.google.com/file/d/1O2IIi6oInvsERLVVe8iNOPnoXWzQzh7-/view?usp=sharing
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Pesquisa de Bandas
Saudade emoldurada de coretos, onde o encanto da multidão é o alimento. Não importa o tamanho da população; cidade, povoado ou vila, têm orgulho dessa tradição. As Bandas são parte do DNA de Minas Gerais. Tenho orgulho de mostrar a história de algumas, sendo que escrevi minha vida nelas.
Surgiu então, a idéia da publicação de verbetes, das bandas e orquestras da região, através do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, na pessoa de seu atual Presidente Paulo Roberto Souza Lima. Ressalvo porém, que nem todas as bandas ou orquestras estarão presentes nos verbetes, por não ter tido acesso aos dados. Algumas bandas, possuem orquestra, contudo nem todas. Outrossim, não existe relatos que me fossem passados sobre a existência dessas orquestras.
As bandas e orquestras foram criadas, na sua maioria com a finalidade de atender em festas cíveis e religiosas, algumas cinqüentenárias, centenários e outras até bicentenárias.
Minha vivência se deu dentro da centenária Lira Nossa Senhora das Dores de Dores de Campos, fundada no século XIX em 1875, onde aos cinco anos de idade já acompanhava meu saudoso pai Sebastião Goulart (Noquinha), com seu sax-horn, fazia parte dessa gloriosa banda. Descrevo isso de forma mais detalhada em meu trabalho de Conclusão de Curso na UFSJ, disponível em: <HTTPS://carlosmusicaeeu.blogspot.com>
Trabalhos que me trouxeram grande prazer, porque realizaram meu sonho de contar de uma forma mais próxima, como é nascer para a música.
Auguro que sintam o mesmo prazer conhecendo a história musical da região.
Boa viagem.
PESQUISA SOBRE BANDAS DE MÚSICA INSTITUTO HISTÓRICO GEOGRÁFICO DE SÃO JOÃO DEL REI
BANDAS E ORQUESTRAS SACRA
LIRA NOSSA SENHORA DAS DORES - DORES DE CAMPOS MG
LIRA NOSSA SENHORA DAS DORES - DORES DE CAMPOS MG
A Banda de Música Lira Nossa Senhora das Dores, situada à Rua Dr. Silvio Tranqueira nr. 59 centro no antigo Arraial do Patusca, cidade de Dores de Campos MG, fundada em 1875, século XIX, por Agostinho Silva, tem como finalidade abrilhantar festas religiosas, aniversários, casamentos e festas cívicas daquela cidade e região, tendo como regente José Tarcísio.
LIRA CECILIANA - PRADOS MG
A Banda de Música Lira Ceciliana situada à Rua Capitão Manoel Dias de Andrade 143 na cidade de Prados MG, fundada em 1858 do século XIX por José Estevão Marques da Costa, que fundou também a Orquestra,Lira Ceciliana de Prados, cuja finalidade de fundação, tocar em festas cíveis e religiosas, tem como maestro atual, Ademar Campos Neto
ORQUESTRA LIRA CECILIANA DE PRADOS - PRADOS MG
A Orquestra Lira Ceciliana, situada à rua Capitão Manoel Dias de Andrade 143, na cidade de Prados MG. Foi fundada em 1926 por José Estevão Marques da Costa, juntamente com a Banda Lira Ceciliana de Prados, com a função de abrilhantar festas religiosas e tem como regente atual, Ademar Campos Neto.
A Orquestra Lira Sanjoanense, situada à Rua Santo Antônio fundada em 15.08.1776 do século XVIII (244) anos. “Não basta somente a combinação das vozes humanas com o som dos instrumentos. É necessário e muito que haja a união entre todos os indivíduos que compõem a corporação para que ela funcione como um só maquinismo e uma só vontade para a realização de seus anseios” Do Estatuto da Lira Sanjoanense 1776.
BANDA SANTA CECÍLIA - RESENDE COSTA MG
A Banda Santa Cecília, sita à Rua Bueno Brandão na cidade de Resende Costa MG, fundada em1912 por Cristóvão Gonçalves, criada com a finalidade de tocar em festas cíveis e religiosas, fundou também a Orquestra Mater Dei, tem como regente atual, Luiz Carlos Martins Junior.
ORQUESTRA MATER DEI DE RESENDE COSTA MG
A Orquestra Mater Dei, ligada a banda Santa Cecília de Resende Costa, situada à Rua Bueno Brandão em Resende Costa MG ,fundada em 1936 por Cristóvão Gonçalves Pinto, fundada junto com a Banda Santa Cecília de Resende Costa, foi criada com a função de atuar em festas sacras e religiosas, tem como regente atual, Luiz Carlos Martins Junior.
A Sociedade Musical Santa Cecília, sita à rua Mário Alves de Andrade 30 na cidade de Entre Rios de Minas MG, fundada em 13.11.1908 por:Segundo o relato, os músicos fundadores foram: João Antônio das Chagas, João José Pena Baeta (contramestre da banda), Antônio José da Cruz, Augusto Antônio Matias (regente), José Gonçalves de Resende, Ângelo Panzera, Joaquim de Aguiar Coelho, José da Cruz Ferreira, Aureliano José Sabino, Laudelino Paranhos, José Maria e Augusto José Querino. Como cantoras, participaram da fundação: Adelina Salvino, Maria Clarinda, Maria Baeta Cruz e Maria Filomena Panzera.Maria Clarinda, Maria Baeta Cruz e Maria Filomena Panzera, para abrilhantar festas cíveis e religiosas, tem como maestro Elvis Washington Reis.
A Sociedade Musical São Sebastião, sita à Rua Teófilo Silva 02 na cidade de Dores de MG, fundada em 19.09.1943 por, Antônio Sena, Antônio Alberico da Silva, Angelina Silva e outros, e juntamente com a banda, foi fundada a Orquestra São Sebastião, ambas com a finalidade de participação em festas cívicas e religiosas, tem como maestro José Geraldo de Melo (Zezinho)
ORQUESTRA SÃO SEBASTIÃO - DORES DE CAMPOS MG
A Orquestra São Sebastião, acoplada à Sociedade Musical São Sebastião, situada à rua Teófilo Silva 02, fundada em 1909 por Antônio Sena, Antônio Alberico da Silva, Angelina Silva e outros em Dores de Campos MG, criada para atuar em festas religiosas, tem como regente atual , Silas de Lélis Silva Freitas.
SOCIEDADE MUSICAL LIRA SANTA CECILIA DE SÃO MIGUEL DO CAJURU - SÃO JOÃO DEL-REI MG
A Sociedade Musical Lira Santa Cecília de São Miguel do Cajuru, sita à rua da Matriz 80 Distrito de São Miguel do Cajuru cidade de São João Del-Rei MG, criada em 1979 (renovação) por, Sebastião Brito, Gino (filho do Eugênio), Lopes ( do João do Eugênio), Avelino (Pai do Largato), José Ambrósio, Panhado (filho do José Ambrósio), Geraldo do José Ambrósio, Antônio Demando, Sebastião Duvirgem, João Menino e Miguel do Kacândido com a finalidade de abrilhantar festas cívicas e religiosas. Como a banda não possui Orquestra Sacra, as músicas para os festejos na igreja, os arranjos são adaptados para banda, e tem como maestro atual, Sérgio dos Passos.
A Banda de Música Santa Cecília, sita à Rua Ministro Gabriel Passos em São João Del-Rei, fundada em 26.03.1968 por Dr. Milton de Resende Viegas, prefeito na época da cidade de São João Del-Rei, com a finalidade de abrilhantar necessidades cívicas da Prefeitura e atender também a festas religiosas, tem como maestro José Antônio da Costa.
A Corporação Musical União Bonjardinense, sita à Rua Gumercino Gonçalves da Cunha s/n. na cidade de Bom Jardim de Minas MG fundada em 10.08.1953 por Vicente Mauro, vem prestando serviços à comunidade de Bom Jardim envolvendo jovens de rua de ambos os sexos em projeto cultural beneficiando o espírito social comunitário e tem como maestro Antônio Dimas Ribeiro Lima.
CORPORAÇÃO MUSICAL AQUILES RIOS - SÃO JOÃO DEL-REI MG
A Corporação Musical Aquiles Rios, sita à Rua Miguel Augusto Teixeira 278 no Distrito do Rio das Mortes cidade de São João Del-Rei MG, fundada em 12.10.2013 por Mario Elson, levou o nome do Sr. Aquiles Rios daquele distrito em sua homenagem. Tem como maestro o professor Mário Elson
LIRA DO ORIENTE DE SANTA CECÍLIA - SÃO JOÃO DEL-REI MG
A Banda de Música Lira do Oriente de Santa Cecília, sita à Rua Ministro Gabriel Passos no Distrito do Rio das Mortes em São João Del-Rei MG, fundada em 22.11.1895 por, Sr. Pedro Sapo e João Francisco da Mata, que criou também a Orquestra com o mesmo nome e que ostenta enorme acervo de composições dentre elas a Marcha Fúnebre com o seu nome João da Mata, foi fundada com a finalidade de abrilhantar as festas religiosas e cíveis do Distrito do Rio das Mortes, tem como maestro Marcio dos Reis.
A Orquestra Lira do Oriente de Santa Cecília, situada à Rua Ministro Gabriel Passos no distrito do Rio das Mortes, cidade de São João Del-Rei MG, fundada em 22 de novembro de 1889 por Pedro Sapo e João Francisco da Mata, foi fundada juntamente com a Banda do mesmo nome, e tem a finalidade de abrilhantar festas religiosas.
BANDA MUNICIPAL TEODOSINO CAMPOS - DIVINÓPOLIS MG
A Banda Municipal Teodosino Campos, sita à Vereda Dr. Valdemar Raush 200 bairro Santa Clara, cidade de Divinópolis MG, fundada em 02.06.1981, criada pelo SEMEC – Secretaria de Educação e Cultura na administração do Prefeito Fábio Botelho Notini, criada com a finalidade de atender as necessidades culturais de Divinópolis, tem como maestro Anderson José Silva.
CORPORAÇÃO MUSICAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – CONCEIÇÃO DA BARRA DE MINAS MG
A Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição, sita à Rua Oneide Teixeira de Oliveira 04 em Conceição da Barra de Minas MG, fundada em 1897 por Carlos Passos de Andrade, Mileto José Ambrósio, Nicolau Badariotti Padre Que fundou um colégio na cidade, onde lecionava além das matérias curriculares, tinha também teatro e música. Conforme depoimento do fornecedor dos dados, Vagner Cosme de Souza, a data de fundação e os nomes dos fundadores são dados presumidos por terem sido tirados de partituras do acervo da Banda. O seu maestro é Vagner Cosme de Souza
CORPORAÇÃO MUSICAL SANTA CECÍLIA - PIEDADE DO RIO GRANDE MG
A Corporação Musical Santa Cecília sita à Avenida Sete de Setembro 177 sala 319 em Piedade do Rio Grande, fundada em 22.11.1964, fundador(es) Jaime da Silva Mângia, Justo Mângia da Silva, José Mângia da Silva, José Custódio e Aníbal Saldanha, foi criada com o intuito de participar das festas religiosas, principalmente procissões, leilões, alvoradas e também para os eventos civis quando é solicitado. Maestro atual Edmilton Eurico Ribeiro
CORPORAÇÃO MUSCAL SÃO SEBASTIÃO – SANTA CRUZ DE MINAS
A Corporação musical São Sebastião Situada à Rua Ana Maria de Jesus nº 73 Centro em Santa Cruz de Minas fundada em 17/02/1997, sempre esteve presente nos principais eventos cívicos, religiosos e esportivos na cidade de Santa Cruz de Minas e demais cidades da região quando solicitada. Fundada em 17 de fevereiro de 1997 e inaugurada em 20 de janeiro de 2011, é uma entidade civil sem fins lucrativos e Patrimônio Imaterial da cidade. A Banda, conta hoje com 50 músicos entre crianças, jovens, adolescentes, e adultos tem como presidente, Domingos Sávio Detoni e Regente, Reinaldo Junior de Carvalho e possui sede própria. A Corporação recebe apoio da Prefeitura Municipal e da comunidade para seu funcionamento, oferece aulas gratuitas de teoria musical e instrumentos. As atividades musicais que a Banda participa, abrange desde apresentações nas praças, encontros de Bandas, eventos cívicos até religiosos na comunidade e região.
BANDA DE MÚSICA SANTA CECÍLIA - RITÁPOLIS MG
A Banda de Música Santa Cecília, de Ritápolis, situada à Avenida Inconfidência centro na cidade de Ritápolis – MG, fundada em 1920, primeiro registro de existência da banda, encontrado em programa religioso e cita a presença da banda. Fundador, não foi encontrado registro sobre o mesmo ou os mesmos. A história da Banda de Música Santa Cecília,, faz parte da própria história do município de Ritápolis, com outros nomes que a mesma teve como: Banda Paroquial, Banda Santarritense, Lira Santarritense, Banda Paroquial Santa Cecília e concluído na atualidade como Banda de Música Santa Cecília, onde se transformou em um dos maiores bens culturais da cidade. Consta que na década de 60 o Maestro Antônio Teixeira, fazia um trabalho com coro e adaptação das partituras de orquestra para instrumentos de sopro, onde participava das festas como orquestra, o qual após o seu afastamento terminou a função da orquestra. Atualmente, o maestro da Banda é o Fábio dos Santos Silva
LIRA BARBACENENSE - BARBACENA MG
BANDA LIRA IMACULADA CONCEIÇÃO DE SÃO TIAGO – SÃO TIAGO MG
A Banda de música, Lira Imaculada Conceição, situada à Rua Carlos Pereira 55ª centro São Tiago MG fundada em 08.12.1963, fundador: Monsenhor Francisco Elói de Oliveira, tem como regente na atualidade, Tássio Túlio Mendes de Resende. Pode-se observar que a Lira Imacuada Conceição é uma banda jovem, formada em sua maioria por jovens meninos.
CORPORAÇÃO MUSICAL LIRA BARBACENENSE - BARBACENA MG
Rua Bernardo Guimarães 52 Bairro São José
Barbacena
Fundada em 1910
BANDA MUNICIPAL DE BARROSO - BARROSO MG
Fundada em 1895 século XIX
Fundador:
Regente:
BANDA DE MÚSICA 12 DE MARÇO DE MACUCO DE MINAS
BANDA LIRA SANTA CECÍLIA DE BOM SUCESSO MG
A Banda Lira Santa Cecília de Bom Sucesso MG, situada à rua........... foi fundada em 1902, com pessoas que tinham o conhecimento musical e decidiram criar um meio em que a população tivesse acesso a esse meio artístico maravilhoso no qual é o mundo da música! A banda hoje conta com cerca de 30 integrantes e faz um trabalho maravilhoso com as pessoas que queiram ingressar no meio musical, sendo que o mínimo de faixa etária exigido é de 8 anos, garimpando e lapidando assim os talentos de nossa cidade desde cedo!
A Banda de Música Theodoro da Faria, situada à Rua Santo Antônio nr. 289 em São João Del-Rei, fundada em 1902 por, originária da Orquestra Ribeiro Bastos, que ensina música a jovens e adultos com aulas individuais, criada com a finalidade de prestação de serviços às setecentistas irmandades e confrarias de São João Del-Rei em suas grandiosas procissões cujo acervo herdado da antiga Banda Ribeiro Bastos, composto de partituras em sua maioria do século XIX e XX de diversos gêneros musicais sendo os mais representativos, marchas fúnebres e festivas, e dobrados e conta com grande número de composições de São João Del-Rei.
CORPORAÇÃO MUSICAL LIRA PERDOENSE - PERDÕES MG
BANDA DE MÚSICA MUNICIPAL SANTA CECÍLIA DE CEL. XAVIER CHAVES
BANDA DE MÚSICA LIRA JOAQUIM BRAGA DE RIBEIRÃO VERMELHO MG
A Banda de Música Lira Joaquim Braga situada à Praça Gerson Loureiro 326 centro, em Ribeirão Vermelho MG, Sempre esteve presente nos principais eventos cívicos, esportivos religiosos e até em momentos de acontecimentos drásticos e fúnebres, realçando cultura e harmonia na vida dos Ribeirenses. Consta que em 08 de dezembro de 1896, inaugurava e comemorava-se grande acontecimento em Ribeirão Vermelho, às 19,00 horas um grupo de rapazes pela primeira vez, iriam fazer uma retreta. De repente, ouviram-se ao longe, alguns sons, que era a banda de música saindo de sua pequena sede situada atrás da capela de Nossa Senhora da Guia, e gerou comentários e aplausos ao verem o êxito completo do desfile e apresentação tendo à frente o velho português Joaquim Braga. Em 08 de dezembro de 1905, Antônio Novais oficializou o nome da banda como Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição e mais tarde passou a chamar-se Banda de Música Lira Joaquim Braga em homenagem póstuma ao seu primeiro regente e fundador, o farmacêutico Joaquim dos Santos Braga, e atualmente tem como regente Antônio Elias de Souza.
CORAL IMACULADA CONCEIÇÃO DE RIBEIRÃO VERMELHO MG, foi fundado para atender as atividades cívicas e religiosas da cidade. Em 1932 ou 1934, o músico, não se sabe se de São João Del-Rei ou Ribeirão Vermelho, de nome Antônio Rufino de Almeida, se é militar ou coisa assim, ele pegou algumas músicas que faziam alusão ao Setenário das Dores, esse evento religioso da Igreja Católica, e desde essa época até hoje com alguns componentes da Banda e o cora Imaculada Conceição, participam da Semana Santa, cantando essas músicas em latim, praticados desde 1932 até a data atual, sob a regência de Antonio Elias de Souza.
SOCIEDADE MUSICAL LIRA SANTO ANTÔNIO DE IBERTIOGA MG
LIRA NOSSA SENHORA DAS DORES – GONÇALVES MG
A Lira Nossa Senhora das Dores situada à Praça Monsenhor Dutra nr. 162 centro, na cidade de Gonçalves MG, fundada em 12.07.1909 fundador Capitão Antônio Carlos. Associação privada sem fins lucrativos, foi criada para atender a pedido da sua esposa que era amante de banda de música. Foram até São Bento do Sapucaí e contrataram o Sr. Manuel de Assis Camargo para ministrar aulas de música para formação de músicos, e os instrumentos foram adquiridos na cidade de São Paulo com recursos próprios, onde foi lavrada a ata de fundação da banda na data de 12.07.1909. A banda tem como regente, Dito Cota.
BANDA SINFÔNICA DO SANTUÁRIO DO SENHOR BOM JESUS DE MATOZINHOS – SÃO JOÃO DEL REI MG
A Banda Sinfônica do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, situada à Rua Dr. Elói Reis nº 01. É uma instituição filantrópica que atende cerca de 220 famílias, fornecendo estudo gratuito de música a jovens, crianças, e adolescentes do bairro de Matozinhos e adjacências com formação em diversos grupos musicais e tem um projeto que mantém uma Banda de Concertos, uma Banda Marcial, uma Orquestra de Cordas e uma escola de formação que atua como coral. Fundada em 14 de setembro de 2008. Dia maior e Honra a Bom Jesus de Matozinhos que deu seu nome à corporação. Seus fundadores Padre José Raimundo da Costa e Ronaldo de Oliveira Menezes, sargento músico do Exército Brasileiro, que está à frente das atividades como regente//diretor artístico desde o início de sua fundação. Desde 2013, a Banda realiza um evento intitulado Concertos Itinerantes que são realizados nas regiões do Campo das Vertentes, Zona da Mata e região central de Minas Gerais. Atuam nesse projeto alunos de música da UFSJ e professores do Conservatório de Música Padre José Maria Xavier de São João Del-Rei.
BANDA SALESIANA MENINOS E MENINAS DE DOM BOSCO
BANDA EUTERPE CACHOEIRENSE
A Banda Euterpe Cachoeirense situada à Rua....... em Cachoeira do Campo MG, fundada em 25 de outubro de 1856 Século XIX, tem como fundador, o Capitão Rodrigo de Figueiredo Murta.
CORPORAÇÃO MUSICAL SANTA CECÍLIA DE CARANDAÍ MG
A Corporação Musical Santa Cecília, situada à rua..... em Carandaí MG, fundada em 27.04.1900, fundador (es)..... foi criada com a finalidade de divulgar eventos na banda, bicentenária e principalmente fazer prevalecer a tradição de bandas, tem como regente, Antônio Carlos Dequinha
EUTERPE OPERÁRIA - LAVRAS MG
A Banda de Música Euterpe Operária, situada à Rua......, em Lavras MG, fundada em 24.09.1910, fundador...... tem como regente, Lázaro Aquino.
LYRA LAGOENSE
A Lyra Lagoense de Lagoa Dourada MG, situada à rua...... fundada em......... fundador
SOCIEDADE BANDA RAMALHO DE TIRADENTES
A Sociedade Banda Ramalho situada à Rua... em Tiradentes MG, fundada em 1860 do sécuo XIX, fundador,....... tem como regente Tadeu Nicolau Rodrigues
A Sociedade Orquestra e Banda Ramalho, situada à Rua ...... em Tiradentes MG, fundada em 1860 do século XIX, fundador........ tem como regente,
terça-feira, 10 de novembro de 2020
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Apresentação
Quando comecei esse "livro/blog" tinha em mente apenas deixar registrado o trabalho de Carlos para que fosse divulgado de forma acessível às pessoas que com ele conviveram, que de alguma forma estiveram ou ainda estão presentes, que se sentissem homenageadas aqui! Seu avô Boanerges Pereira, o seu pai Sebastião Goulart do Nascimento "Noquinha", os seus tios Tinoca e Laerte irmãos do seu saudoso pai, além de Expedito Marivaldo Pereira, irmão de sua saudosa mãe, Giselda Benedita Goulart, pessoas que mantiveram com dificuldade e prazer a tradição musical em Dores de Campos. Sei que por conta de divergências políticas, foi fundada a Corporação Musical São Sebastião na cidade á meio século aproximadamente e a mesma não foi citada neste trabalho. Mesmo no caso da Lira Nossa Senhora das Dores, o material de pesquisa "gastou muita sola de sapato" para ser conseguido. Documentos que seriam obtidos através da igreja local, foram queimados por ordem de um vigário da época, destruindo parte da memória e documentação. Fotos, nem sempre conservadas corretamente, tirando sua originalidade. Desrespeitando assim não só a memória local, mas a pessoal, de personagens que têm uma história de vida para contar. Em nome disso, peço que repitam o projeto do Carlos em outras bandas, com outros personagens, pois a cultura das bandas está enraizada em nossa região (Dores de Campos, São João de Rei, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Lagoa Dourada, Entre Rios de Minas, Carandaí, Passatempo, Barroso, Conceição da Barra, Coronel Xavier Chaves).
Curtam essa viagem planejada com carinho!
e-mail do Carlos: carlosgoul@hotmail.com
Sandra Corrêa Nunes
Carlos Roberto Goulart
Carlos nasceu em Dores de Campos aos 6 de setembro de 1946. Filho de Sebastião Goulart do Nascimento e de Giselda Benedita Goulart. Família pobre porém apaixonada por música, não tardou para que o pequeno Carlos, em suas traquinagens infantis, descobrisse escondido pelo pai no guarda roupas, o sax-horn e começou tentar tocar as músicas que ouvia no rádio. Saiu aos dezoito anos de casa, iniciando sua trajetória como bancário, afastando-se um pouco da música, compensando com visitas periódicas a Dores de Campos. Nessas visitas, tocava com a Lira Nossa Senhora das Dores, na orquestra de Danças "Amantes do Ritmo". Com sua transferência para São João del Rei, ainda no Banco, em 1974, teve início sua carreira como bombardinista na centenária Orquestra Ribeiro Bastos, na qual permaneceu até o ano de 2007. Em 1995, a convite do regente da Banda Municipal Santa Cecília, começou a atuar como trombonista dessa banda, assim como, nesse mesmo ano começou sua carreira como professor de instrumentos de sopro "metais" no Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier, e veio a aposentar-se no ano de 2016. Em 2010 prestou vestibular para a UFSJ na disciplina de Educação Musical, faltando pouco para a sua graduação. O seu Trabalho de Conclusão de Curso rendeu-lhe a nota máxima (10), foi defendido no ano de 2017. Sendo este o mote desse blog. Tendo como intento a divulgação para conhecimento da história desde a fundação da banda Lira Nossa Senhora das Dores em 1875. Trata-se de um estudo rico em informações da cidade de Dores de Campos. Para maiores esclarecimentos sobre a pesquisa o contato do Carlos é carlosgoul@hotmail.com.
Desde sempre apoio essa "empreitada" do Carlos! Sabia se tratar de um sonho antigo dele. Por isso toquei o projeto da blog "Banda de
Música Lira Nossa Senhora da Dores por Carlos Roberto Goulart". Quis dar uma aparência de um livro para pesquisa, estudo ou mesmo contar a parte da história de Dores de Campos que ele viveu e participou.
É um carinho meu a causas e vivências importantes para quem se tornou o meu companheiro de vida.
Amo.
e-mail do Carlos: carlosgoul@hotmail.com
Sandra Corrêa Nunes
BANDA DE MUSICA LIRA NOSSA SENHORA DAS DORES
1 – INTRODUÇÃO
2 - OBJETIVO
3 – MARCO TEÓRICO
4 – REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS
5 – METODOLOGIA
6 – O NASCIMENTO DO ARRAIAL DA PATUSCA
Figura 1: Foto de Dores da Patusca
7 – DORES DE CAMPOS
Figura 2: Vista Panorâmica de Dores de Campos com destaque da Igreja já com a torre.
7.1 - A arte em couro
Figura 3: Fábrica de Arreios pertencente ao Sr. Joaquim Bernardino data de 1906 no Arraial do Patusca
7.2 – A religiosidade inspira o nome:
Figura 4: foto panorâmica do Arraial do Patusca, onde se destaca a Igreja ainda sem torre 1877 PEREIRA p 58
Figura 5: foto onde estão registrados os figurantes do curato de Nossa Senhora das Dores. 1910
Figura 6: Matriz de Dores de Campos
7.3 – Da fundação a emancipação
Figura 8: Prédio da primeira sede da Prefeitura
Figura 9: foto da Usina Hidroelétrica do Azevedo
Usina
Hidroelétrica situada no Rio Carandaí, planalto de Fátima, divisa
dos municípios de Prados Cel. Xavier Chaves pertencente ao Azevedo
que a partir do ano de 1930 passou a fornecer energia elétrica para
o município de Dores de Campos. MELO
Figura 10: Consta em um livro de anotações
Figura 11: Imagem de Nossa Senhora das Dores
No
ano
de 1879 data em que chegou ao Arraial do Patusca.
7.3.1 – Enfim a água encanada
O
primeiro encanamento de água potável no Arraial do Patusca, foi
inaugurado em 1º de janeiro de 1899, várias torneiras públicas
foram estrategicamente colocadas perto das casas residenciais nas
ruas hoje denominadas, Av. Governador Valadares, Rua José Bernardino
e Rua Francisco Maximiniano da Silva onde jorrava água com fartura.
Às seis horas, as autoridades e população, acompanhados da Banda
de Música Nossa Senhora das Dores percorreram os locais onde ficavam
as torneiras, cumprindo o ritual cívico de inauguração. Havia uma
comissão do Conselho Distrital em exercício, presidida pelo Major
Randolfo Teixeira de Carvalho que nomeou três membros para exercerem
a guarda e controle do fornecimento de água que foram; Sr. Francisco
Lopes PEREIRA, Cap. Antônio Arruda de Souza e Sr. Antônio Reis
Belchior. A água encanada veio a favorecer grandemente a população
já que anteriormente pegavam água nos ribeirões, córregos e poços
nas beiras dos brejos. PEREIRA 1968 p 62
Figura
12: Prédio da caixa d’água
Foram
criada no alto do Zé Quibêbe onde a água era bombeada para esse
depósito e distribuída para a parte alta da cidade, As pessoas da
foto, eram alunos da professora do segundo ano de grupo, dona
Francisquinha, que no local se encontravam fazendo excursão de
estudos sobre o fornecimento de água do município, local hoje
denominado bairro da Caixa D’agua.
Na
década de 50, o Prefeito Inácio Silva, se propôs a abastecer a
população da parte alta da cidade com água potável, por onde se
estenderam novas ruas já que a primeira instalação não mais
atendia as necessidades do município tendo em vista da sua expansão.
Foi quando em 30 de janeiro de 1951, construiu novas redes de água,
com captação no terreno denominado Cabeça do Nego, e a forma
utilizada para o abastecimento era feita por bombeamento em virtude
do desnível em que se situava a caixa d’agua no alto do Zé
Quibêbe, essa que se vê na foto, onde pôde abastecer toda a cidade
com água potável de boa qualidade. Todo esse serviço foi
administrado e dirigido pelo Eng. Sr. Francisco de Castro. PEREIRA
1968 p 62/63.
Sede
atual da Prefeitura Municipal de Dores de Campos
v
Figura 13: Prédio próprio onde funciona a sede da atual Prefeitura Municipal de Dores de Campos
7.4 – Emancipações de Dores de Campos
Figura 14: Foto da festa da Emancipação Política de Dores de Campos
7.4.1 Primeiro Prefeito do Município
Figura 15: Foto do Prefeito Ildefonso Augusto da Silva
Figura 16: Fotos da sede social do Dorense Clube
Figura 17: Foto de um baile de carnaval e respectiva orquestra
Figura 18: Campo do Dorense na atualidade
À
esquerda está registrado o campo de futebol e a piscina do clube e a
direita a foto dos jogadores de futebol.
8 - TROPEIRISMO DORENSE
Conforme
narra o Sr. José Vicente Praxedes em seu livro A
Saga dos Tropeiros da Terra da Figueira Encantada,
onde conta sobre a origem do povoado sobre o moirão do curral de uma
fazenda nascia uma pequena Árvore que aos poucos se transformou em
uma bela figueira, e que em torno dessa gigantesca árvore foi se
formando um povoado que mais tarde seria conhecido como o pequeno
Povoado do Patusca. Haviam duas saídas, uma pelo morro do Catete
que dava saída para Barroso, Barbacena e região e outra saída do
lado oposto que era conhecida como Água Debaixo da Terra, Mourão e
Lourenço que ligava a cidade de Prados e região. A tese do Livro em
referência foi escrita baseada na vida do seu avô Sr. Duquinha,
que é filho do Sr. Joaquim Teixeira do Nascimento apelidado de
Quinzinho Jaleco, que por sua vez também é meu avô paterno. Os
tropeiros de forma geral adotavam o mesmo sistema de marchas,
primeira marcha, segunda marcha e assim sucessivamente até o destino
final de sua jornada e se designava destino final. Acontecia muitas
das vezes, alguma encomenda de mercadoria por fregueses que tinha
necessidade, onde ocorria o pedido aos fornecedores que despachavam
via Estrada de Ferro. Quando toda a mercadoria carregada nos balaios
eram todas vendidas e posteriormente com o retorno aonde vinham
cumprindo a mesma rota, arrecadando o dinheiro produto do comércio
das vendas que por ventura haviam ficado sem receber até a cidade
de origem. Esse significado de marchas refere-se aos pontos desde a
partida na rotina diária da viagem até a primeira parada do dia, o
que significava uma marcha, e assim sucessivamente durante todo o
percurso da viajem. Temos a esclarecer que os tropeiros viajantes,
foram grandes propulsores do desenvolvimento do Arraial do Patusca e
cidade de Dores de Campos, desbravando regiões levando mercadorias
artesanais, arreios e seus pertences que eram usados em muares para
transporte de pessoas, animais de sela, como assim eram chamados e
animais de carga que era o caso dos tropeiros. Com o surgimento das
estradas pavimentadas esse procedimento de tropas foi abolido na
década de 80, mas permanece o comércio e venda de arreios,
miudezas, botinas, aventais e luvas manufaturados na cidade de Dores
de Campos só que em escala bem maior, principalmente aquele que é
chamado material de segurança, confeccionados pela Marluvas,
indústria de grande potencial nesse ramo lotada no município de
Dores de Campos. PRAXEDES p 31, 32
Figura
20: Tropa de carga
Lotada
com cinco animais de carga e um animal de sela, com arreata para
montaria. Observe no peito do animal da guia, um peitoral de
sinserros nome que era dado a esses guizos que batiam enquanto o
animal andava conduzindo os demais na trilha.
Figura 22: Mulas de Sela e mulas de carga
Quando
em viagem, os tropeiros primeiro da esquerda, Lade e Osvaldo Elias,
Ede do Baianinho na montaria e Quinca do Baianinho agachado, na
cidade de Aparebé RJ no ano de 1955.
9 - A FIGUEIRA ENCANTADA
Figura 23: Figueira no auge do seu esplendor
Em
seu livro, Na
Terra da Figueira Encantada: História de Dores de Campos, com
prefácio de Malba Tahan, o autor José Lopes PEREIRA, narra sua
experiência vivida na pequena Dores de Campos, sobre aspectos de
cada detalhe das selarias que muito contribuíram para o
desenvolvimento local. No surgimento do Arraial no século XVIII
quando os Bandeirantes à procura de ouro nas Minas Gerais
assinalaram sua passagem em nossa região com a fundação de São
João del-Rei, Tiradentes e Prados, não estacionando na região
Dorense pela inexistência do ouro de Aluvião que aflorava nas
outras partes. Narra o Sr. José Lopes, que a cidade foi assentada no
chamado Pasto do Corredor onde primitivamente as casas foram
construídas em taipa marcando o início do Arraial do Patusca. Foi
criado na atualidade, o Hino de Dores de Campos, com letra de Paulo
Terra e música de Paulo Eustáquio do Nascimento, onde fazemos um
relato sucinto em um outro trecho onde tratamos da parte da Banda e
seus músicos notáveis.
Existem
duas versões contadas sobre a figueira, sendo que a primeira revela
que no tempo da escravatura, foi fincado no local, um tronco de
madeira que era utilizado pelos senhores coronéis, para amarrar
escravos para os castigos e açoites e esse tronco no passar do tempo
veio a brotar e despontou uma figueira que com o passar dos anos se
tornou muito grande e frondosa. PRAXEDES, p 11
A
segunda versão, um pouco idêntica à primeira, contam a estória
de um esteio de madeira, para amarrar cavalos foi fincado no centro
de um curral no local e com o tempo veio a brotar e o seu feitio é o
de um guarda chuva pelo moirão ter sido plantado invertido, de ponta
cabeça, despontando a figueira que foi considerada até a sua morte
como a figueira encantada. PEREIRA 1968 p 70
Com pesar deixamos
registrado através de fotos, a decadência da Figueira Encantada até
a sua morte.
Figura 24: foto da Figueira decadente pode ser observado pelos galhos já sem folhas e morrendo.
Figura 25: foto do tronco da Figueira morta tirada em 2015
10– HISTÓRIA DA BANDA
Figura 26: Foto da Primeira Banda com o nome de Corporação Musical Nossa Senhora das Dores
Figura 28: Maestro José da Silva
Figura 28: Maestro José da Silva
10. A Diretoria da Banda
Claudêr Antônio Malta
|
Presidente |
João Nivaldo Moreira
|
Vice- Presidente |
José Ricardo dos Reis
|
1º Tesoureiro |
José Antônio Campos Pires
|
2º Tesoureiro |
Ana Lucia da Silva Malta
|
1ª Secretária |
Luciano Jesus Eduardo da Silva
|
2º Secretário |
José Tarcisio
|
1º Maestro |
Raimundo Laerte Goulart
|
2º Maestro |
Paula Maria do Nascimento Moreira
|
Licitações |
Ulisses Schineider Goulart
|
Arquivista |
10. B Componentes da Banda
Alvaro Henrique Silva Malta | Trompete | |
Ariadne Cardinalle Silva Malta | Clarinete | |
Ulisses Schneider Goulart | Bateria | |
Guilherme José da Silva Senna | Clarinete | |
Carlos Alberto da Silva Ferraz | Trompete | |
Delci José de Assis | Trompete | |
Deivid Francisco da Silva | Sax Baritono | |
Rosberg Jesus do Patrocinio | Clarinete | |
Sergio Leonel Lima | Baixo Tuba | |
Aloisio de Assis | Clarinete | |
Gilmar Aparecido Tarcisio | Sax Baixo | |
José Maria Coimbra | Percussão | |
Raimundo Laert Goulart | Trombone | |
Luiz Claudio Belo da Silva | Clarinete | |
Maykon Douglas da Silva | Baixo Tuba | |
Charles José Tadeu | Trombone | |
Vander Geraldo de Paula | Trompete | |
José Ricardo Cardoso | Trombone | |
Helder Lellis Goulart | Trombone | |
Wellington Ferreira Neri | Trombone | |
Amaraline Franciane Neri | Clarinete | |
Fabiula Aparecida da Silva | Clarinete | |
Luciano Belchior | Sax Tenor | |
Nathanael Antônio dos Santos | Trompete | |
José Tarcisio | MAESTRO | |
Janice de Fatima Tarcisio Moreira | Sax Baixo | |
Adriano José Pinto | Percussão | |
Adrian Lucas do Livramento | Clarinete | |
Juliete Maria Tarcisio Moreira | Clarinete | |
Eduardo Henrique Aliane | Baixo Tuba | |
Marcio Luiz da Silva | Clarinete | |
Gilson Magela Tarcisio | Trompete | |
Júlio Cesar da Silva | Bombardino | |
Geraldo Tarcisio Pinto | Baixo Tuba | |
Adriana da Fonseca | Sax Tenor | |
Daiker Fernandes da Silva | Trompete | |
Rodrigo Maurilio Ferreira | Trombone | |
Andre Teixeira das Chagas | Trombone |
10. A Diretoria da Banda
Claudêr Antônio Malta
|
Presidente |
João Nivaldo Moreira
|
Vice- Presidente |
José Ricardo dos Reis
|
1º Tesoureiro |
José Antônio Campos Pires
|
2º Tesoureiro |
Ana Lucia da Silva Malta
|
1ª Secretária |
Luciano Jesus Eduardo da Silva
|
2º Secretário |
José Tarcisio
|
1º Maestro |
Raimundo Laerte Goulart
|
2º Maestro |
Paula Maria do Nascimento Moreira
|
Licitações |
Ulisses Schineider Goulart
|
Arquivista |
10. B Componentes da Banda
Alvaro Henrique Silva Malta | Trompete | |
Ariadne Cardinalle Silva Malta | Clarinete | |
Ulisses Schneider Goulart | Bateria | |
Guilherme José da Silva Senna | Clarinete | |
Carlos Alberto da Silva Ferraz | Trompete | |
Delci José de Assis | Trompete | |
Deivid Francisco da Silva | Sax Baritono | |
Rosberg Jesus do Patrocinio | Clarinete | |
Sergio Leonel Lima | Baixo Tuba | |
Aloisio de Assis | Clarinete | |
Gilmar Aparecido Tarcisio | Sax Baixo | |
José Maria Coimbra | Percussão | |
Raimundo Laert Goulart | Trombone | |
Luiz Claudio Belo da Silva | Clarinete | |
Maykon Douglas da Silva | Baixo Tuba | |
Charles José Tadeu | Trombone | |
Vander Geraldo de Paula | Trompete | |
José Ricardo Cardoso | Trombone | |
Helder Lellis Goulart | Trombone | |
Wellington Ferreira Neri | Trombone | |
Amaraline Franciane Neri | Clarinete | |
Fabiula Aparecida da Silva | Clarinete | |
Luciano Belchior | Sax Tenor | |
Nathanael Antônio dos Santos | Trompete | |
José Tarcisio | MAESTRO | |
Janice de Fatima Tarcisio Moreira | Sax Baixo | |
Adriano José Pinto | Percussão | |
Adrian Lucas do Livramento | Clarinete | |
Juliete Maria Tarcisio Moreira | Clarinete | |
Eduardo Henrique Aliane | Baixo Tuba | |
Marcio Luiz da Silva | Clarinete | |
Gilson Magela Tarcisio | Trompete | |
Júlio Cesar da Silva | Bombardino | |
Geraldo Tarcisio Pinto | Baixo Tuba | |
Adriana da Fonseca | Sax Tenor | |
Daiker Fernandes da Silva | Trompete | |
Rodrigo Maurilio Ferreira | Trombone | |
Andre Teixeira das Chagas | Trombone |
Figura 30: Banda de Carnaval
Figura 32: Foto da Lira Nossa Senhora das Dores ano de 1900
Figura 33: Lira Nossa Senhora das Dores década de 10
Figura 34: Lira Nossa Senhora das Dores década de 20
Figura 35: Lira Nossa Senhora das Dores década de 40
Figura 37: Lira Nossa Senhora das Dores na década de 60
Nesta
foto, tirada na década de 1960 onde mostra os regentes Sr. José da
Silva e José Tarcísio já em exercício de suas funções, em uma
retreta em Dores de Campos na Av. Governador Valadares, do qual
listamos os músicos e seus respectivos instrumentos. Deixamos de
registrar na relação de músicos, os nomes de muitos deles em
virtude de não estarem aparecendo de forma legível sua figura na
foto, da esquerda p/direita.
Jésus
da Sinhana – clarinete
José
Freustáquio – clarinete
João
Floriano Milagres – clarinete
Vivaldi
Silva – requinta
Sebastião
Goulart do Nascimento – sax horn
Jésus
Milagre – trompete
Raimundo
Laerte Goulart – trombone
José
Valter Calsavara – trompete
Dácio
Silva – trombone
Delci
José de Assis – trompete
Paulo
Eustáquio do Nascimento – trompete
Ivo
Olímpio – tuba
Edson
dos Santos – caixa clara
Geraldo
Silva – caixa
Antônio
Marcelino Pinto - tuba
Figura 38: Foto da Lira na década de 60
Nesta
foto da década de 1960 temos a Lira em formação para tocata em
mais uma festa religiosa na cidade de Dores de Campos, que presumimos
seja festa da Padroeira, Nossa Senhora das Dores no dia 15 de
setembro, sob a regência do Sr. José da Silva. Queremos ressaltar
as três figuras do lado direito da foto, o primeiro, Francisco
Raposo Filho, ex-presidente da banda, Sr. Inácio Silva, ex-prefeito
da cidade e Sr. João Ferreira Filho, ex-prefeito de Dores de Campos
e ex-presidente da Lira Nossa Senhora das Dores. Abaixo relacionamos
os músicos componentes da banda, na foto e respectivos
instrumentos.
José
da Silva – regente
Ivo
Olímpio – tuba
Antônio
Helvécio do Nascimento – trombone
Raimundo
Laerte Goulart – trombone
Antônio
Marcelino Pinto – tuba
Nelson
de Assis Filho – trombone
Antônio
Machado – trombone
José
Valter Calsavara – trompete
Antônio
Mauro da Silva – trompete
Geraldo
Alberico da Silva – bombardino
Paulo
Eustáquio do Nascimento – trompete
Edson
dos Santos – caixa clara
Marcio
José da Silva – clarinete
Antônio
Benedito – trompete
João
Floriano Milagres – clarinete
José
Tarcísio – sax alto
José
Maria Coimbra – caixa clara
Flávio
Lindolfo Pinto – pratos.
Figura 39: Músicos da Lira Nossa Senhora das Dores
Nesta
foto, destacamos músicos da Lira dentro da igreja assistindo a
solenidade de comemoração da festa da Padroeira Nossa Senhora das
Dores em data de 15 de setembro, aguardando a saída da procissão.
Em destaque de terno preto, Inácio Silva, ex-prefeito de Dores de
Campos e ex-presidente da Lira, ao seu lado Francisco Raposo Filho,
ex-presidente da Lira, o primeiro com a batuta em punho temos o
regente José da Silva.
Vivaldi
Silva – requinta
José
Tarcísio – sax alto
Geraldo
Silva – caixa
Nelson
de Assis Filho – trombone
Sebastião
Goulart do Nascimento – sax horn
Antônio
Machado – trombone
José
Valter Calsavara – trompete
Geraldo
Alberico da Silva – bombardino
Raimundo
Laerte Goulart – trombone
Jésus
Milagre – trompete
Antônio
Helvécio do Nascimento – trombone
Figura 40: Lira Nossa Senhora das Dores na década de 70.
Figura 42: Lira Nossa Senhora das Dores na década de 70
Figura 43: Foto da Lira Nossa Senhora das Dores
Figura 44: Lira Nossa Senhora das Dores em retreta
Figura 45: Lira Nossa Senhora das Dores em retreta
Figura 46: Lira Nossa Senhora das Dores em retreta
Figura 47: Foto da Lira Nossa Senhora das Dores em retreta
Figura 48: Foto da Lira em desfile
Figura
49: Lira Nossa Senhora das Dores em tocata
Nesta
foto acima, apresenta a Lira tocando na festa de Nossa Senhora das
Dores em Dores de Campos, no dia 15 de setembro, do ano de 2002,
tendo à frente o seu regente José Tarcísio. Nota-se a presença em
grande parte de pessoas do sexo feminino, na maioria adolescentes.
Temos a informar que a banda abrilhanta essa festa religiosa todos os
anos o qual não possuímos as fotos de todas as épocas para
demonstração.1
1
Nota-se a predominância de adolescentes de ambos os sexos no quadro
de músicos da banda.
Figura 50: Lira Nossa Senhora das Dores em procissão
Nesta
foto acima, temos a Lira tocando na procissão de Nossa Senhora da
Piedade em Rio Claro RJ, em setembro de 2003
Figura 51: Lira Nossa Senhora das Dores em retreta
A
foto mostra a Lira formada, tocando na retreta na cidade de Rio Claro
RJ em setembro de 2003 com a regência do José Tarcísio.
Figura 52: Lira Nossa Senhora das Dores em procissão
Esta
foto apresenta a Lira tocando na procissão de Nossa Senhora da
Piedade em Rio Claro RJ, em setembro de 2003
Na
Terra da Figueira Encantada: História de Dores de Campos
o autor José Lopes Pereira se refere ao movimento musical da cidade,
que atravessando gerações confirmou a dedicação e o zelo às
bandas de música, destacando-se a Lira Nossa Senhora das Dores. Em
seu livro, destaca o nome do tubista Antônio Roque de Melo, natural
de Prados MG, filho do Sr. Joaquim Rodrigues de Melo e Maria José de
Melo, nascido em 1848 e falecido em 1930. Músico renomado era
classificado entre os beneméritos do Arraial, não somente por suas
atividades musicais, mas também por ser prático em medicina.
Estudioso exerceu como médico durante 40 anos aproximadamente. Por
esses serviços quase não era remunerado, tanto que viveu na
pobreza. Exercia também, as atividades de Juiz de Paz, prova da
dedicação e amizade que o povo lhe dedicava. (PEREIRA 1958 p 52.)
Não podemos deixar
de registrar a atuação de Paulo Eustáquio do Nascimento, Paulinho
como era conhecido na esfera musical, aprendeu música na escola da
Lira com o professor José Tarcísio, nasceu em Dores de Campos em 06
de novembro de 1944, filho de Randolfo da Silva Nascimento e Maria
Brasilina do Nascimento era músico da Lira Nossa Senhora das Dores e
da Orquestra de Danças Amantes do Ritmo. Tocava trompete, era
regente da Banda Municipal de Barroso, tendo sido admitido no ano de
1979 onde trabalhou até os seus últimos dias de vida aos 17 de maio
de 1996, data do seu falecimento. Arranjador e compositor, dentre
suas obras citamos, marchas fúnebres, dobrados e o hino de Dores de
Campos, em parceria com o poeta Paulo Terra autor do poema desse
mesmo hino. A maioria dos arranjos tocados pela Orquestra de Danças
Amantes do Ritmo foram feitos por ele Paulinho, assim como grande
parte das músicas executadas pela Lira, com arranjos seus.
Paulo Terra, o
criador dos versos do hino de Dores de Campos, nasceu em Luminárias
MG, em 01 de março de 1932, filho de Pedro Antônio Terra e Rosina
Silva Terra. Aos tres anos de idade, mudou-se para Carrancas, onde
permaneceu naquela cidade até os sete anos, mudou-se para São João
del-Rei onde estudou até os onze anos em internato no Colégio
Salesiano e após os onze anos foi para o Colégio São João.
Estudou no noviciato dos Salesianos e formando-se em filosofia de
seminário. Trabalhou como professor de português em Niterói e em
agosto de 1952 foi transferido para a cidade de Gôa na India
Portuguêsa até abril de 1955. Mudou-se para Barroso onde trabalhou
na Fábrica de Cimento Portland Barroso e reside até a data atual.
Trabalhou também como professor de Latim e Português no Ginásio
São José onde posteriormente passou a chamar-se Colégio São José
da cidade de Barroso. É membro da Academia Municipalista de Letras
de Minas Gerais desde o ano de 2001., e escreveu dois livros de
poesia
Registramos também
o nome do Sr. Boanerges Pereira que indiretamente contribuiu para o
engrandecimento da Lira Nossa Senhora das Dores. Músico auto-didata,
apesar de ser clarinetista, não participava diretamente como músico
atuante da Lira, mas em sua residência ministrava aulas não só de
música, mas também de outras matérias didáticas como, português,
matemática e na música marcou o seu legado como professor de
diversos músicos da Lira como também de outros cidadãos Dorense
que se interessassem pela música. Natural de Prados, nascido no
Bairro de Atalaia daquele município, aos 23 de setembro de 1897,
mudou-se para o Arraial do Patusca contando com três anos de idade,
filho de Antônio Alves Pereira e Laureana Tito Pereira, aos cinco
anos de idade sabia ler e escrever tinha conhecimento musical e
executava diversos instrumentos de música. Apanhou prática em
farmácia homeopática com seu pai farmacêutico também prático que
mantinha farmácia no município. Além de farmacêutico, exerceu a
função de contador em empresas (celarias) fundadas no arraial que
foram, Fábrica de Arreios e Pertences do Sr. Adalberto Lopes Pereira
e Indústria de Arreios do Sr. Altivo Filgueiras Moncorvo.
Auto-didata nessa profissão de contador, que a exerceu durante os
longos anos de sua vida até a sua aposentadoria. Aos vinte anos de
idade, casou-se com a Sra. Maria José de Assis Pereira e vieram a
ter cinco filhos no percurso de sua vida conjugal que foram: Maria
Lubélia Pereira, Giselda Bendedita Pereira, Terezinha de Assis
Pereira, Expedito Marivaldo Pereira e Guido Magela Pereira.
Figura 55: A foto apresentada acima, deixa marcada uma fábrica de arreios em Dores de Campos
Fábrica
essa, que pertencia ao Sr. Pedro Marques de Melo, que além de
empresário na indústria de arreios, celas e miudezas pertencentes a
arreatas, foi regente da Banda de música Lira Nossa Senhora das
Dores, como também participava do corpo de músicos tocando
bombardino.
10.0 – A HISTÓRIA CONTADA DA LIRA
Meu nome completo é
Carlos Roberto Goulart, nascido em Dores de Campos, no dia 06 de
setembro de 1946, filho de Sebastião Goulart do Nascimento e Giselda
Benedita Goulart. Antes mesmo de ter iniciado na Universidade,
acalentava o sonho de escrever a história da Banda de música Lira
Nossa Senhora das Dores, mas me faltava oportunidade e bagagem para
essa realização. Consegui fazer o vestibular em 2010 e no ano
seguinte, fui admitido no quadro discente da Universidade Federal de
São João Del Rei com matrícula nº 111750040 em Educação
Musical. Então, durante o meu percurso dentro da Universidade e como
o assunto e os estudos versavam em música, veio a oportunidade no
meu Trabalho de Conclusão de Curso TCC, realizar esse sonho há
tanto tempo almejado e que tenho imenso orgulho em apresentá-lo,
assim como também, deixarei registrado para a posteridade, a
conclusão de um trabalho sobre um assunto que passei praticamente
quase toda a minha vida exercendo e dedicando, que é a música
Como
esse trabalho está baseado em fatos relatados por entrevistas, e
narrados pelo seu criador, estou a transcrever os dados fornecidos
por todos os entrevistados que diretamente contribuíram e tiveram
sua participação como membros participantes integrantes da Lira
Nossa Senhora das Dores na atualidade.
O meu relacionamento
com a Banda teve início quando ainda tinha cinco anos de idade, e o
primeiro contato com instrumentos musicais de banda ocorreu tendo em
vista meu pai Sebastião Goulart do Nascimento (Noquinha), como era
conhecido e tratado na cidade era alfaiate e nas horas de folga,
tocava sax-horn Eb, instrumento pertencente a Lira Nossa Senhora das
Dores. Ficava guardado com muito zelo, dentro do guarda roupas no seu
quarto. Como eu era muito traquina nessa idade, pegava o instrumento
e ficava a soprá-lo na expectativa de tocar algumas das músicas que
ouvia na Radio Nacional do Rio de Janeiro, assim como meu avô
Boanerges Pereira, flautista e clarinetista, nosso vizinho executava
diversas músicas em sua casa na flauta ou na clarineta, eu as
escutava e fazia no sax-horn a execução das mesmas com o mesmo
intuito de tocar as aludidas peças que ouvia. Sempre levava algumas
broncas do meu pai por mexer no seu instrumento e eu sempre
argumentava que minha condição de empunhá-lo também era muito
cuidadosa para não o danificar. Com o passar do tempo naquela rotina
e ao adquirir os dez anos de idade, já estudava no Grupo Escolar
Randolfo Teixeira, tinha vontade, e a idéia floriu na mente, de
entrar para a escolinha da banda de música onde meu tio o José
Tarcísio1
lecionava, já que meu convívio musical era freqüente ao acompanhar
meu pai nas tocatas da Lira e nas procissões em que a Banda
participava, eu estava sempre presente. Como via alguns amigos de
infância no aprendizado e participando do corpo de músicos, me
entusiasmei dando início as aulas de música. Era um apaixonado pelo
trombone de vara que tive a oportunidade de conhecer através de
filmes assistidos no cinema do Memeca na década de 1950 e também no
Cine São Luiz alguns anos depois, cine este pertencente aos Srs.
Waldemar Wenceslau de Wasconcelos e seu irmão Belini Bueno Brandão.
A banda só possuía trombones de válvula ou pisto o que eu não
queria, então meu pai através do seu amigo e também músico
clarinetista, o Cap. Gil Cassimiro da Silva, que ao ficar sabendo da
minha intenção de tocar trombone de vara, através do meu pai,
imediatamente se propôs a intermediar a compra do trombone, e que na
ocasião foi feita pelo cap. Gil. Aquisição diretamente na fábrica
de instrumentos musicais Armando Weingrill em São Paulo Rua Victor
Hugo 358. No ano de 1956, foi comprado o instrumento musical pelo meu
pai com muita dificuldade pela sua situação financeira bastante
difícil e apertada, ele era alfaiate e a confecção de roupas
naquela época era muito limitada, restringindo a pessoas de
condições financeiras mais abastadas. Teve início aos meus estudos
como trombonista mas,como não havia um professor específico nesse
instrumento na cidade ou mesmo alguma pessoa que tivesse conhecimento
e pudesse transmitir as instruções corretas relativas a sua escala
e posições, o aprendizado foi feito com as orientações do meu
professor o Tinôca que com toda a sua boa vontade me passou as
instruções, porém de forma não adequada pela tonalidade do
trombone que arma a sua escala em “C” e a escala e posições
aprendidas foram erroneamente transpostas para Bb, cujos dados para o
aprendizado, foram extraídos do método para trombone de Vara do
Prof. João da Silva Edições de Músicas e Instrumentais Casa Manon
S.A. Rua 24 de Maio, ano de 1957 de sua publicação cujo método
impresso na clave de FA e o meu aprendizado na música foi na clave
de SOL. Mesmo assim, com um pequeno espaço de tempo pude dominar a
execução do instrumento e em seguida iniciei na Banda ou seja, na
semana santa fui lançado como participante integrante já que temos
em nossa corporação essa tradição do lançamento de músicos
novatos nessa ocasião da semana santa. Algum tempo depois fui
convidado pelo José Tarcísio (Tinôca) a participar da Orquestra de
Danças Amantes do Ritmo recentemente criada pelo mesmo o qual eu e
os outros dois amigos que entraram no aprendizado da música junto
comigo, Antônio Mauro da Silva e Delci José de Assis. Tocávamos na
orquestra em bailes na cidade e região. Podemos citar as cidades
onde a Orquestra apresentava em bailes. Dores de Campos, no Dorense
Clube, Clube dos Cincoenta, Cabana do Índio e Sete de Setembro
Esporte Clube, São João del –Rei Circulo Militar, Clube dos
Oficiais do Regimento Tiradentes e Associação dos Sub-Tenentes e
Sargentos desse mesmo regimento, Divinópolis Clube dos Setenta,
Barroso, na Cabana, Madre de Deus de Minas, São Vicente de Minas,
Andrelândia e etc. Quando do início da minha carreira de músico,
participavam nas aulas, na banda e orquestra Delci José de Assis e
Antônio Mauro da Silva que também fizeram parte de ambas. Na
vizinha cidade de Barroso a convite de dona Quininha, esposa do Sr.
Geraldo Napoleão de Souza Prefeito daquele município nesta época
por volta do ano de 1958, abrilhantávamos festas de escolas ou mesmo
aniversários e demais festejos cívicos, eu Carlos Roberto com o
trombone, o Delci José de Assis, trompete, Antônio Mauro da Silva,
trompete e José Isnar da Silva percussão, isso por diversos anos.
Também abrilhantávamos os bailes carnavalescos das crianças
promovidos pelo Dorense Clube de Dores de Campos e os desfiles de
carnaval infantis de rua daquele clube. Por força de circunstâncias,
e ter conseguido passar no concurso do Banco da Lavoura de Minas
Gerais S/A, com a minha admissão ao trabalho em outra cidade.
Teófilo Otoni fui forçado a me afastar da Banda provisoriamente
mas, sempre procurando me manter dentro da música e em contado
freqüente com a Lira.Quando retornei para Dores de Campos em 1968
voltei às atividades como trombonista da Lira permanecendo até
1974, data em que fui transferido dentro do meu emprego para a
cidade de São João del-Rei, mas mesmo assim, permanecendo fora da
cidade de Dores de Campos, mantinha minhas atividades dentro da
Banda. Em São João del-Rei, tive a oportunidade de ingressar na
bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos isso no ano de 1974
exercendo como bombardinista dessa Orquestra, tendo participação
contínua no calendário das atividades da corporação até o ano de
2007 quando me afastei. Inclusive desde o meu início dentro da
Orquestra, exerci por diversos mandatos a função de tesoureiro onde
pude exercer o meu trabalho em prol da comunidade, participando
inclusive na elaboração do seu estatuto que vigora até a presente
data. A Ribeiro Bastos mantém uma atividade musical intensa no
cumprimento dos compromissos com as irmandades da Ordem Terceira de
São Francisco de Assis, Irmandade Ordem Terceira de Nossa Senhora do
Carmo, Irmandade do Santíssimo Sacramento para as cerimônias da
Semana Santa e com a Irmandade dos Passos.
No ano de 1995, a convite do regente José Antônio da Costa, fui
incorporado na Banda Municipal Santa Cecília de São João del-Rei
como trombonista, estando participando até a atualidade aos setenta
anos de idade. Atuei também como Professor de instrumentos de sopro,
trombone, trompete, trompa, bombardino e tuba no Conservatório
Estadual de Música Padre José Maria Xavier de São João del-Rei,
tendo sido admitido no quadro de Professores do Estado de Minas
Gerais no ano de 1997. No início da minha carreira de professor do
Conservatório, o seu diretor era o professor José Gonçalves
Pimenta e com o seu apoio criei a Banda de Música do Conservatório
Estadual de Música com o nome de Banda de Música Padre José Maria
Xavier que atuou durante todo o período em que o diretor Pimenta
permaneceu no cargo, entre os anos de 1997 até o ano 2000, o qual,
dando total apoio à banda de alunos de instrumentos de sopro do
Conservatório, além de alunos dos instrumentos que lecionava alunos
dos professore dos outros instrumentos também eram participantes, e
havia alunos tanto da cidade de São João Del Rei, como de cidades,
como Madre de Deus de Minas, Lavras, Oliveira, Bom Sucesso Lagoa
Dourada, Conselheiro Lafaiete, Barroso, Piedade do Rio Grande,
Itutinga e etc. Além dos ensaios semanais, foi realizada somente uma
retreta com a banda na Rua Pe.José Maria Xavier, em frente ao
Conservatório na semana do patrono Pe. José Maria Xavier. Com o
falecimento do diretor José Gonçalves Pimenta essa banda cessou
suas atividades. Vim a aposentar no ano de 2015 pelo Conservatório
Estadual de Música. Também fui convidado por alguns dos moradores
do distrito de São Miguel do Cajurú a organizar a banda de música
daquele distrito em 2004, quando aquela corporação possuía sete
elementos músicos e funcionava precariamente. Iniciei os ensaios com
os músicos que possuíamos que eram, dois clarinetistas, um
trompetista, dois trombonistas, um tubista e um bombo. Quando de
imediato comecei a ministrar aulas de música2,
em princípio dentro de um pequeno quarto na igreja daquela
localidade onde a banda se reunia para os ensaios, local inadequado
pelo seu porte e localização. O Padre José Roberto pároco na
comunidade liberou a casa paroquial onde passava as noites e usava o
banheiro assim como passei a usar aquela dependência para ministrar
as aulas. Pouco tempo depois conseguimos a título de empréstimo
uma casa das irmãs que são denominadas de “Damas Salesianas”,
onde passei a pernoitar já que o imóvel possuía diversos quartos e
banheiro. Viajava em princípio de moto, nas sextas feiras quando
terminava as aulas do Conservatório. Somente algum tempo depois,
consegui adquirir um fusca que minimizava as viagens. Fazia os
ensaios sempre aos sábados às 19 horas com duas horas de ensaio e
retornava à minha residência em São João Del Rei, isso quando não
apareciam tocatas ou procissões nos domingos, sendo que nessa
segunda opção, permanecia no local até o cumprimento do trabalho.
A alimentação era feita na casa de alguns dos músicos da banda
assim como na residência do Sr. Bernardino dos Passos,
carinhosamente conhecido como Lagarto, líder da comunidade do Cajurú
e um grande incentivador pelo engrandecimento da banda e do
distrito, e me dedicava muita atenção, incentivo e respeito.
Iniciei com muitos alunos, na maioria meninos, meninas e adolescentes
daquela comunidade, e adultos também, e com tempo aproximado de seis
meses de um árduo trabalho tinha a banda formada com vinte e cinco
participantes e com mais um pouco de tempo chegamos a formar com
trinta e dois alunos músicos, incluindo os sete músicos antigos.
Com pouco mais de um ano, conseguimos um terreno do lado da casa
paroquial, pertencente à mesma, e foi doado à corporação musical
aonde viemos a construir a sua sede. Foi feita com dimensões amplas,
condizentes a abrigar uma entidade confortavelmente, inclusive com
cômodos para arquivo e guarda de instrumentos, banheiro com chuveiro
e até um quarto foi improvisado para o pernoite desse professor.
Dentre o meu convívio nas cidades da região, conseguia convites
entre elas citamos: São João Del Rei, Dores de Campos, Barroso,
para participação da banda em encontros de bandas nessas cidades,
assim como tocatas em procissões nos distritos vizinhos do Morro
Grande, Goiabeira, Canela e etc. No Cajurú, fazíamos retretas do
lado da igreja aos domingos depois das missas e a admiração dos
moradores do distrito era sem medidas, agradava a toda a população.
Nas festas locais e procissões não mais havia necessidades da
interferência das bandas de São João Del Rei para o
abrilhantamento pois a Sociedade Musical de São Miguel do Cajurú
supria essa carência e passou a atuar em todos os festejos, de
caráter religioso, ou cívico tanto no Distrito de origem como
também nos distritos vizinhos.
1
Pode ser observado na minha afinidade com a música que partiu tanto
da influência dos familiares da minha mãe que eram músicos, assim
como da parte do meu pai que também eram. Temos como exemplo José
Tarcísio que iniciou cedo sua carreira musical, repassando seu
conhecimento aos irmãos e demais pessoas que a ele recorriam para
essa finalidade de aprendizado.
2
O método adotado eram os mesmos do meu aprendizado, usados pelo
Tinoca. O Solfejos de Alexis de Garaudé, empregado nas aulas dos
iniciantes.
10.1 – A COMPETÊNCIA MUSICAL
Dentre
os entrevistados, destaca-se o Sr. José Tarcísio, conhecido como
Tinôca, que atua como regente e professor da Banda, exercendo suas
funções com competência e segurança. Presume-se que o mesmo seja
o regente com a maior quantidade de anos nessa atividade, na região.
Dentre os irmãos, foi o que mais se destacou na música, além de
ter tocado diversos instrumentos antes de assumir como regente da
Banda. Foi o idealizador e fundador da Orquestra de Danças Amantes
do Ritmo, criada no ano de 1960. Ele conta que iniciou na música aos
nove anos de idade tendo sido seu professor, o Sr. Boanerges Pereira,
que mantinha uma escolinha de música em sua residência para a
manutenção dos músicos da Lira. O Sr. Boanerges também foi
professor de outros músicos importantes para a vida musical de Dores
de Campos, como Sebastião Goulart do Nascimento, Expedito Marivaldo
Pereira, e Guido Magela Pereira, todos da mesma família1.
Perguntado sobre a banda, esclareceu que o Sr. José da Silva,
conhecido como Juquinha do Cristiano, era o regente da Banda nessa
época, mas como seu estado de saúde não mais permitia a sua
continuidade como regente, passou o cargo ao Tinôca que assumiu a
regência e a escolinha de música com apenas dezesseis anos de
idade, permanecendo até a atualidade, aos 83 anos. No início de
suas funções, havia entusiasmo entre os alunos com o aprendizado da
música chegando a ter vinte ou mais alunos. José Tarcísio destaca
que na atualidade o desinteresse é muito grande e atribui esse fato
ao desenvolvimento da tecnologia, e com o surgimento da televisão
houve a dispersão pelo interesse ao aprendizado musical. Na Semana
Santa de 2017, conseguiu lançar quatro músicos novatos, mas entre
eles não havia o menor interesse na continuidade como participante
da Banda. (PEREIRA, 2017).
A verba consumida
para a manutenção da Banda é ainda hoje arrecadada pelas pequenas
contribuições da Igreja nas tocatas de procissões, Semana Santa e
na festa de Nossa Senhora das Dores, cujas doações, em torno de
quatro salários mínimos anuais mantém os gastos com energia
elétrica, compra de palhetas, reforma de instrumentos, manutenção
da sede e outras despesas. Existe também o quadro de sócios
contribuintes que colaboram com a quantia irrisória de dez reais por
ano, que somado aos outros valores ajuda nesses gastos normais que a
Banda necessita realizar. Tinôca comenta que o funcionamento da
corporação vem se mantendo aos “trancos e barrancos”, sempre
contando com boa vontade dos esteios da mesma, os músicos antigos,
que com seu entusiasmo e boa vontade colocam a performance da Banda
acima das expectativas. Sua dedicação à Lira, é exclusivamente
por amor a corporação, inexistindo qualquer propósito de interesse
financeiro. Perguntado, disse que existem pessoas capacitadas para a
regência da Banda, mas não querem assumir esse compromisso e a
responsabilidade do cargo.
1
Boanerges Pereira, foi meu avô,
sendo que Sebastião Goulart do Nascimento foi meu pai, Expedito
Marivaldo Pereira meu tio e Guido Magela Pereira também meu tio, e
irmão do Expedito Marivaldo Pereira, filhos de Boanerges Pereira.
Pode-se observar a importância da música na família.
10.2 – INFLUÊNCIAS MUSICAIS
Nesta
entrevista que se segue realizada em 18 de janeiro de 2017, o Sr.
Raimundo Laerte Goulart depois de perguntado, em sua narrativa
esclarece que nasceu em Dores de Campos e mais ou menos com treze ou
quinze anos de idade, não se lembra exatamente a data aprendeu
música, teve diversos professores e citou, o professor e violinista
Sr. Tibarro, Sr. Gil Cassimiro da Silva, Geraldo Alberico da Silva
(Caim) e finalizou com seu irmão José Tarcísio e hoje conta com
setenta e sete anos de idade. Afirma que não tem conhecimento se os
professores com o qual aprendeu música, eram remunerados e quando
ele começou na música, o seu irmão José Tarcísio ainda não era
professor e acredita que por ter passado por esses quatro
professores, houve uma influência no seu conhecimento e aprendizado
musical, pela forma de ensino de cada um. O violinista Tibarro não
participava da Banda, o Sr. Gil Cassimiro da Silva era Clarinetista e
era participante do quadro da banda, Geraldo Alberico da Silva
(Caim), era trombonista, bombardinista e contrabaixista, também
músico da Lira e o José Tarcísio trompetista que além de músico
da Banda já exercia a função de professor de música e atendia a
regência como substituto do regente da época Sr. José da Silva.
Laerte afirma que tão somente era um músico da Banda por não ter
sido passado para ele o cargo da regência. O funcionamento da
escolinha com que aprendeu com esses professores, não sabia se era
mantido convênio com a Prefeitura e que as aulas do prof. Gil
Cassimiro da Silva eram ministradas em sua residência. O prof.
Tibarro tinha uma sala específica mas não se lembra mais onde se
localizava. Afirma ser músico exclusivo da Lira, toca trombone na
Banda mas sabe tocar outros instrumentos, inclusive saxofone, achando
muito complicado a execução desse último. Veio a tocar saxofone
tenor na Orquestra de Danças Amantes do Ritmo e na orquestra sacra
da Lira toca bombardino. Quando iniciou na Banda, chegou a tocar com
músicos mais antigos, Valto Marques, Sr. José Maria Punilha, Mário
Martins, Gil Cassimiro da Silva, Geraldo Alberico da Silva, Sr.
Flávio Lindolfo Pinto, José Gomes, Geraldo Silva, Sebastião
Goulart do Nascimento, e o regente quando começou na banda era o
José da Silva tinha o Flávio Lindolfo Pinto, o Ivo Olímpio, Paulo
Eustáquio do Nascimento, Antônio Helvécio do Nascimento. As
tocatas eram diversas mas era festa para os músicos quando a Banda
tocava em cidades fora de Dores de Campos, eram encontros de bandas
nas cidades vizinhas, Barbacena, Carandaí Conselheiro Lafaiete, São
João del-Rei. Afirma que tocava na Semana Santa. Nos carnavais que
eram tocatas fora da Banda. A Lira tem a orquestra sacra e os músicos
faziam parte da Banda. Conto com setenta e sete anos e o José
Tarcísio está regendo a Lira durante todo esse tempo. (Afirma
o declarante).
Atuo como segundo regente e a algum tempo atrás ajudava o Tinôca
nas aulas da escolinha da Banda. Atualmente músico de banda é
acontecimento raro, naquele tempo eram lançados todo ano na semana
santa músicos estreantes mais ou menos dois ou três e até mais e
na atualidade isso não acontece mais, pelo desinteresse do pessoal.
Uma coisa importante que vem acontecendo é a participação feminina
na Banda de forma geral, coisa que não ocorria antigamente, as
mulheres só cantavam e tocavam violino e não executavam
instrumentos de sopro. As dificuldades são as mesmas que a gente
tinha para aprender, hoje é a mesma coisa mas o músico vem por
vocação e cito como exemplo três filhos que me seguiram na música
e participam como músicos de banda. Afirma que quando regente
substituto, o Tinôca passou por situações de emergência,
preparando peças e ensaiando músicas novas do repertório. A
responsabilidade do regente é acima de toda a banda e o que existe
de bom na música é a gente gostar da Banda já que nossa freqüência
é espontânea e nunca fomos obrigados pelos pais a participar, sendo
nossa freqüência, por livre e espontânea vontade, e durante o
período em que já participou como regente não houve qualquer
acontecimento de desrespeito à sua pessoa por parte de qualquer
músico.
10.3 – O MILITAR MÚSICO
.
Na sua entrevista realizada em 05 de fevereiro de 2017, Delci José
de Assis perguntado o seu local de nascimento, confirmou ter nascido
em Dores de Campos, tendo começado sua carreira como músico mais ou
menos em 1960 por influência do seu cunhado o José Tarcísio,
casado com sua irmã a Deli de Assis Tarcísio. Confirma que também
sofreu influência positiva, de Paulo Eustáquio do Nascimento e
Antônio Helvécio do Nascimento que tocavam na Banda. Sua trajetória
de aprendizado durou aproximadamente oito meses para o solfejo e seis
meses para o instrumento, morava perto da sede da Banda, ouvia os
ensaios e surgiu a vontade do aprendizado. Sempre foi trompetista
tocando na Lira enquanto morou em Dores de Campos e participou
também da Orquestra de Danças Amantes do Ritmo, fundada pelo seu
cunhado o José Tarcísio. Quando foi servir o Exército Brasileiro
em São João rel-Rei, tocava na Banda do Quartel, tocou na Orquestra
Sinfônica de São João Del-Rei e na Orquestra Lira Sanjoanense. A
Banda do Quartel participava em procissões e retretas, tendo ficado
na ativa em São João por um período de dezenove anos, seguindo
carreira como cabo a primeira promoção, depois outras promoções
sucessivas, terceiro sargento, segundo sargento e primeiro sargento e
fui até sub-tenente, sendo transferido para a cidade de São Vicente
na baixada Paulista e permaneci durante sete anos como sub-tenente
onde me transferiram para Três Corações com promoção a Tenente e
nomeado regente da Banda daquela unidade onde permaneci até a minha
baixa como aposentado. Na regência só atuei no Exército
Brasileiro, na Lira nunca tive interesse em reger nem mesmo ajudar na
escolinha pois sempre o meu cunhado José Tarcísio foi regente e
professor e também nunca foi solicitado para atuar nesse sentido mas
se houvesse necessidade ajudaria. Alega não ter instrução mais
profunda na música, mas no Exército participava de cursos internos
ligados tanto na música como na parte intelectual. Nas forças
Armadas, é muita responsabilidade a regência por ter que estar
sempre prestando contas ao comando, por todos os atos e atividades da
Banda e atender nas decisões tomadas pelo comando em todas as
atividades militares no que diz respeito ao Exército Brasileiro. Diz
que nunca teve problemas de disciplina quando esteve na frente da
Banda do Exército, somente casos de erro dos participantes músicos,
o companheirismo e a convivência ponto das coisas boas na vida
militar, pois nada havia a prejudicar o convívio entre eles. Na vida
civil, o que tinha de ruim eram os bailes todos os finais de semana
que a gente tocava a noite inteira com a Orquestra de Danças Amantes
do Ritmo, o resto vai-se levando mas era muito bom esse convívio. Na
lira, afirma que participava de encontros de bandas em Dores de
Campos, Conselheiro Lafaiete, Barbacena, São João rel-Rei e no sul
de Minas também participávamos. Quando da minha baixa do Quartel,
voltei a morar em Dores de Campos e em consequência o meu retorno
para a Lira. Existe a orquestra da Banda, formada por músicos da
própria Lira que na Semana Santa tanto a Banda quanto a orquestra,
fazem parte dos festejos tocando. O José Tarcísio foi o meu
professor, mas o aprendizado mais profundo foi no Exército
Brasileiro. Lembro-me dos músicos mais antigos da Lira, cheguei a
tocar com diversos deles, o Nelson José de Assis, Paulo Eustáquio
do Nascimento, Antônio Helvécio do Nascimento, José (jacaré),
Jorge Goulart, Sebastião Goulart do Nascimento seu pai, Antônio
Edson de Assis, João Floriano, Valto Marques, Geraldo Alberico da
Silva, e a regência nessa época era do José da Silva, o Antônio
Mauro da Silva filho do regente José da Silva também tocava
trompete com a gente, algum tempo depois é que foi passada para o
José Tarcísio a regência da banda. Dona Quininha esposa do Sr.
Geraldo Napoleão levava a gente para tocar em Barroso nas festas
cívicas de lá, éramos, eu, você Carlos, Mauro do Juquinha e o
Tiodu. Toquei muito em carnaval, tocava em Rio Claro e até em Santos
quando ainda era militar. Afirma que nossa permanência na Lira é
muito antiga e estamos agarrados na música até hoje.
.
10.4 – O PROFESSOR POETA
10.5 – O MÚSICO DENTISTA
10.6 – O MÚSICO INTELECTUAL
11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Os condenados da Terra - Frantz Fanon
https://drive.google.com/file/d/1O2IIi6oInvsERLVVe8iNOPnoXWzQzh7-/view?usp=sharing
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https://drive.google.com/file/d/1O2IIi6oInvsERLVVe8iNOPnoXWzQzh7-/view?usp=sharing
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Saudade emoldurada de coretos, onde o encanto da multidão é o alimento. Não importa o tamanho da população; cidade, povoado ou vila, têm o...